GANTZ (2010)

Gantz foi originalmente uma série de mangá escrita por Hiroya Oku. Recebeu uma adaptação para anime de 13 episódios pelo estúdio Gonzo, e uma sequência direta, intitulada Gantz Second Stage, também de 13 episódios, exibidos pela Fuji Television.

Kei Kurono está numa estação de metro, quando reconhece seu melhor amigo da infância logo a frente; Masaru Katou. Então acontece algo inesperado, um mendigo - ou morador de rua - cai na linha e Katou pula para salva-lo.

Contrariando toda sua lógica racional, Kurono pula para ajudar o velho conhecido mas eis que são surpreendidos pela vinda do metro e acabam sendo atropelados.

Mas algo estranho acontece após este evento e os dois que deveriam estar mortos, aparecem em uma estranha sala com uma "esfera" negra enorme e outras pessoas que também tinham supostamente morrido e que não conseguem sair dali.

Uma das coisas mais aterradoras é o modo como as pessoas surgem nessa misteriosa sala. Cada um é literalmente "reconstituído" pela esfera como em uma espécie de super impressão tridimensional.

No interior da esfera negra, há um homem aparentemente adormecido, este é Gantz, uma misteriosa entidade que resgata pessoas que acabaram de perder suas vidas, para um jogo de sobrevivência que se consiste em caçar e eliminar alienígenas escondidos na Terra.

A bola negra de repente começa a reproduzir uma melodia estranha e uma mensagem aparece em sua tela: “Suas vidas acabaram, e suas novas vidas dependem da minha vontade”.

Os “escolhidos” por Gantz devem sobreviver a sangrenta caçada de vários alienígenas e assim somar pontos para escapar desse purgatório. Para isso eles recebem equipamentos misteriosos, como trajes especiais e armas de tecnologia extraterrestre.

As regras do jogo: a missão de cada "jogador" é a sobrevivência. Primeiro ele tem que saber respeitar as regras, usando o equipamento oferecido para aumentar suas chances de sobrevivência. Recebem o perfil do Alienígena (ou qualquer coisa que Gantz quiser), tendo que matá-lo geralmente em uma hora.

Inicialmente, Gantz mostra a forma mais fraca do Alienígena, com uma biografia: o nome, o que ele gosta e a sua frase principal. O jogador é teletransportado para uma área com um raio de 1 km e começa a busca. Matar os alienígenas soma pontos, e sempre há um Alienígena mais poderoso, chamado de Chefe, que dá mais pontos.

Quem estiver vivo no final da batalha voltará inteiro para o quarto de Gantz, por pior que seja a sua condição, os ferimentos desaparecem e sua roupa especial é restaurada.

Os trajes possuem um incrível resistência a impactos e conferem uma força extra à pessoa no campo de batalha.

As armas são de vários tipos, mas a mais comum é uma espécie de pistola que emite algum tipo de onda de choque capaz de destruir tudo a sua frente.

Ao se juntar 100 pontos, Gantz dá duas opções para a pessoa:

    1-Se libertar de Gantz sem nenhuma memória do jogo
    2-Trazer alguém de volta do banco de dados do Gantz

O filme teve um investimento altíssimo para os padrões japoneses, com um orçamento de 45 milhões de dólares.

Os “aliens” do filme são bem fiéis ao visual do manga e do anime. A maquiagem e os efeitos especiais ficaram muito bons.

A computação gráfica ficou por conta da Digital Frontier (Summer Wars, Appleseed, Evangelion: 1.0 You Are [Not] Alone) e o resultado final vale  a pena ser conferido.

SOBRE O DVD: o filme nunca foi lançado em DVD aqui no Brasil. Mais uma filmam esquecido pelas grandes distribuidores do Brasil. O meu DVD foi feito a partir do importado e conta com legendas em português exclusivas. Quem não achar por aí e quiser muito, pode entrar em contato (rub.records@yahoo.com.br).

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ANATOMIA DE UM ASSASSINO ("Body Parts", 1991)

Tive a sorte de ver esse filme na época de seu lançamento em VHS e foi uma surpresa assistir a esse filme de terror bem feito, bem escrito, cheio de ação e com bastante sangue!

O filme tem uma premissa interessante e audaciosa (e um tanto maluca também) ao fazer uma intrigante pergunta: "onde reside o mal? Está na alma ou na carne?"

E essa tônica filosófica é levada bastante a sério em um roteiro enxuto e muito competente.


No início podemos ver o atormentado psiquiatra da prisão Bill Chrushank (Jeff Fahey) lutando com a tarefa de "ajudar" um serial killer claramente incurável.

A frustração do médico é tanta que ele se questiona sobre o seu papel ali junto aos detentos mais cruéis da prisão. Fica claro desde o início que o "mal" é algo que se "fixa" a uma pessoa e pode jamais ser extirpado.

Mas do Dr. Chrushank sofre um acidente terrível de carro e perde seu braço direito. Felizmente para ele há um novo procedimento experimental na cidade que pode dar-lhe um novo braço. Ele é levado às pressas para uma sala de operações (em uma cena belíssima de pesadelo onde ele desliza na inconsciência). Antes de perder os sentidos Chrushank vê o outro paciente (o doador) cercado por policiais armados com escopetas.

Depois do bem-sucedido transplante e da fisioterapia, o novo braço parece ótimo e Chrushank finalmente acredita que sua vida voltará ao normal.

Mas para seu desespero, ele começa a ter sonhos desagradáveis, ​​com imagens terríveis de dor e violência. E quando ele atinge um de seus filhos em um impulso cego de raiva, ele começa a crer que algo terrível está mudando seu caráter.

Suas suspeitas imediatamente recaem sobre o braço transplantado. Investigando a história do doador do braço, ele descobre que outros pacientes receberam outros membros e aparentam ter pesadelos semelhantes aos seus.

Por fim, ele descobre que o doador era um maníaco homicida, cujo corpo foi doado para pesquisas médicas. Mas essa descoberta é só o início do pesadelo

 

Anatomia de um Assassino foi roteirizado por Norman Snider e pelo próprio diretor Eric Red. Foi baseado no romance " Choice Cuts" de Pierre Boileau e Thomas Narcejac. Estes franceses também escreveram o romance que inspirarou "Um corpo que cai" (Vertigo, 1958) de Hitchcock e o filme "As Diabólicas" (Les diaboliques,1955). Eles também trabalharam no roteiro de "Os Olhos sem rosto" (Les Yeux Sans Visage,1959), um dos grandes filmes de terror franceses de todos os tempos.

Destaque também para a atuação inspirada de Jeff Fahey, que vai mudando dramaticamente ao longo do filme, adquirindo um certo ar demoníaco nos olhos. Também chega a ser bem comovente o conflito familiar que acontece a medida em que os pesadelos do Dr. Chrushank tornam-se mais e mais reais.

SOBRE O DVD: o filme nunca foi lançado em DVD aqui no Brasil. Mais uma obra esquecida pelas grandes distribuidores do Brasil. O meu DVD foi feito a partir do importado e conta com legendas em português exclusivas. Quem não achar por aí e quiser muito, pode entrar em contato (rub.records@yahoo.com.br).

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PLANETA PROIBIDO (Forbidden Planet, 1956)

O Planeta Proibido é uma das primeiras tentativas de combinar ficção científica séria, um grande orçamento e os melhores efeitos especiais disponíveis. O roteiro foi escrito por Cyril Hume, baseado em uma história entitulada “Planeta Fatal”, escrita por Irving Block e Allen Adler, por sua vez inspirada em um texto clássico da literatura inglesa, A Tempestade.
O empenho do estúdio MGM chegou ao investimento perto de 2 milhões de dólares, o dobro do que estava inicialmente previsto, mas que valeu cada centavo.

A história começa quando uma nave espacial chega ao planeta Altair IV com o objetivo de resgatar um grupo de cientistas colonizadores que lá haviam aterrado vinte anos antes e que nunca tinham dado notícias à Terra.

Quem lidera a equipe da nave de resgate é o Comandante Adams (Leslie Nielsen).

Assim que contatam o planeta são estranhamente recebidos com insatisfação pelo Dr. Edward Morbius (Walter Pidgeon) e pela sua filha Altaira (Anne Francis), os únicos humanos ainda vivos.

Morbius e sua filha viviam num paraíso científico. Uma casa automatizada, zoológico no jardim, comida farta e um robô ajudante chamado Robby.

O robô era equipado com lasers e campos de força que o tornava também um segurança muito eficaz.

O grande mistério do planeta gira em torno de uma misteriosa raça de alienígenas: os Krell, antigos habitantes de Altair-4. Morbius os descreve como uma raça nobre e poderosa, porém se eles eram tão poderosos, porque desapareceram?

Conforme os avanços tecnológicos dessa civilização vão nos sendo revelados, o mistério se aprofunda, até ficarmos sabendo que os demais colonizadores, e possivelmente os Krell, foram destruídos por uma poderosa e inexplicável força planetária à qual somente Morbius e sua filha são imunes.

Dr Morbius criou sua filha para que não tivesse emoções, mas quando ela tem contato pela primeira vez com homens, as emoções começam a aparecer.

Altaira acaba se se apaixonando pelo comandante Adams e, a partir daí, passa a contrariar seu pai, deixando-o furioso.

Então, trava-se uma batalha de vida e morte entre os recém chegados, Morbius e a misteriosa força invisível, que passa a atacar os astronautas recém chegados ao planeta. Vale lembrar que o "monstro" foi concebido pelo grupo de animadores da Walt Disney Pictures.

Destaque especial para a trilha sonora criada somente com sintetizadores eletrônicos, uma novidade para a época.

Apesar de hoje o filme ter um estatus de clássico indiscutível, há mais de 50 anos anos ele era um grande risco para seus realizadores. Em 1956 praticamente não havia precedente para um filme de ficção científica tão sério. Mas felizmente a qualidade de "O Planeta Proibido", com seus 98 minutos de duração, firmou-o como um dos "pilares" da mitologia Sci-fi. E continua a fascinar e influenciar até hoje.

Sem o desbravamento de "O Planeta Proibido" não haveria Jornada nas Estrelas, nem 2001, nem tão pouco Star Wars, criações que por sua vez inspiraram muitas outras obras e gerações.

Robby, o Robô, tornou-se um dos mais famosos robôs da história do cinema.

Desenhado por Robert Kinoshita, “interpretado” por Frankie Darro e com voz de Marvin Miller, Robby custou cerca de $125 mil dólares (o mais caro adereço do cinema à época) e foi um fenómeno de popularidade.

 

O sucesso foi tanto  que o robô teve direito a uma linha de merchandising própria e que ainda hoje é um sucesso, tendo surgido em diversos filmes e séries de televisão ao longo dos anos (os filmes The Invisible Boy (1957), Gremlins (1984) e Absolutamente Loucos (1988) e as séries Quinta Dimensão e The Man From U.N.C.L.E. são apenas alguns exemplos).

SOBRE O DVD: o filme nunca foi lançado em DVD aqui no Brasil. É mais uma obra de arte esquecida pelas grandes distribuidores aqui no Brasil. Para quem nunca viu vale a pena assistir. O meu DVD foi feito a partir do importado e conta com legendas em português, além da DUBLAGEM CLÁSSICA em português. Quem não achar por aí e quiser muito, pode entrar em contato (rub.records@yahoo.com.br).

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